Prof. Doutor António Bastos Lima
Nacionalidade: Portuguesa
Manifestações clínicas da doença de Parkinson. A estimulação dopaminérgica contínua e outras terapêuticas medicamentosas. A estimulação cerebral profunda e a necessidade de uma selecção adequada dos pacientes.
Eng. António Proença
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciado
Pós Graduação em Gestão de Empresas pela Univ. Católica
A primeira parte da comunicação irá consistir na definição, ainda que de uma forma sucinta, da doença de Alzheimer. Irão ser feitas referências sobre quais os especialistas que as pessoas devem procurar para melhor poderem acompanhar o seu doente e qual o melhor apoio para os próprios cuidadores.
A problemática do cuidador também será abordada, havendo uma caracterização do mesmo. A importância do acompanhamento dos doentes, a problemática da ausência do tempo livre, as alterações que surgem no seio familiar, profissional e como devem ultrapassadas, serão problemáticas que irão ser abordadas também nesta comunicação.
A segunda parte, consiste em divulgar o papel da associação no acompanhamento aos familiares e às pessoas com a doença de Alzheimer. Será feita uma breve apresentação da associação, onde também serão descritos os objectivos e por fim será feita uma descrição, das várias áreas de intervenção da associação em geral, e da delegação norte em particular.
Prof.ª Doutora Beatriz Oliveira
Nacionalidade: Portuguesa (Angola)
1984 – Lic. Ciências farmacêuticas – Análises químicas e biológicas
1995- Doutoramento em Farmácia - Bromatologia, Fac. Farmácia da Univ. Porto
1997 - Lic. Ciências farmacêuticas – Farmácia de Oficina
2003 – Agregação, Fac. Farmácia da Univ. Porto (Segurança alimentar. Avaliação de perigos químicos)
Dr.ª Cristiana Fonseca
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciatura
A comunicação abordará:
- abordagem histórica/epidemiológica do cancro;
- algumas considerações sobre a forma como o cancro é encarado do ponto de vista individual e consequentemente social;
- implicações de uma doença oncológica a nivel individual, não só do ponto de vista físico mas essencialmente do ponto de vista psicológico;
- implicações da presença de um doente oncológico no contexto familiar; formas de lidar com a doença;
- a doença oncológica como resiliente e persistente, mesmo após o período de recuperação da doença.
Mestre Duarte Pereira
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciatura em Fisioterapia na ESTS Coimbra
Mestrado
Doutorando
Tese de Mestrado “Factores de Risco da Doença de Parkinson”
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crónica progressiva que afecta 1% da população mundial com mais de 65 anos de idade. Em Portugal, um estudo de Dias et al., (1994), identificou uma prevalência de 130/100000; o Observatório Nacional de Saúde, em 2005, apresentou uma prevalência auto-declarada de 392,4/100000. A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson estima que surjam por ano entre
A DP, descrita inicialmente por James Parkinson em 1817, é uma doença neurológica crónica caracterizada por degeneração de neurónios dopaminérgicos no sistema nigroestriado. Apesar dos avanços das terapêuticas médicas e cirúrgicas na DP, os doentes desenvolvem progressivamente incapacidade funcional. A abordagem do indivíduo com DP pressupõe uma intervenção multidisciplinar de forma a retardar a evolução da doença e as suas consequências, proporcionando a manutenção/melhoria da independência e qualidade de vida dos indivíduos com DP (Morris, 2000).
A fisioterapia torna-se um complemento fundamental no tratamento destes doentes uma vez que os principais sintomas da doença de Parkinson: tremor, rigidez e bradicinésia e instabilidade postural, dificultam a mobilidade normal do indivíduo, dificultando a execução das suas tarefas e podendo, com o evoluir da doença, impedir a simples realização das suas actividades da vida diária. Sendo assim, a fisioterapia é fundamental para prevenir sequelas de imobilização, no alívio da dor, assim como na facilitação do controlo postural e, consequentemente, do equilíbrio e coordenação, com o objectivo final da melhoria/manutenção da qualidade de vida dos indivíduos com DP.
- Branco M, Nogueira P, Contreiras T. Uma observação sobre a prevalência de algumas doenças crónicas
- Morris ME. Movement Disorders in PeopIe with Parkinson disease: A model for Physical Therapy. Phys Ther 2000; 80(6): 578-597
Dr.ª Florbela Braga
Nacionalidade: Portuguesa
Formação Académica:
2002 Equivalência à Licenciatura
1997 Especialista
1987 Licenciatura
Cargos Actuais: Farmacêutica Hospitalar, desde 20 de Abril de 1987; Directora dos Serviços Farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E., desde Março de 2002
Dimensões do Farmacêutico em Oncologia:
- Cuidados Farmacêuticos
- Funções do Farmacêutico
- Participação do Farmacêutico no tratamento antineoplásico
Prof.ª Doutora Helena Vasconcelos
Nacionalidade: Portuguesa
1996 Doctor of Philosophy (PhD), University of Aberdeen, Scotland (Registo da Universidade do Porto em1999).
1992 Master of Science (MSc) in Analytical Chemistry, Department of Chemistry,
1991 Licenciatura
Lima RT, Guimarães JE, VASCONCELOS MH (2007). Cancer Therapy, 5:67-76.
Lima RT, Martins LM, Guimarães JE, Sambade C, VASCONCELOS MH (2006). Journal of Chemotherapy, 18(1):98-102.
VASCONCELOS MH, Maia LF, Sousa C, Beleza SS, Guimarães JE (2005). J Pharmacol Sci, 99: 105-108.
Lima RT, Martins LM, Guimarães JE, Sambade C, VASCONCELOS MH (2004). Cancer Gene Therapy,11(5):309-16.
A resistência farmacológica à quimioterapia é um problema clínico importante, que se verifica tanto com os fármacos citotóxicos convencionais como com as novas terapias moleculares que utilizam pequenas moléculas dirigidas a um alvo terapêutico específico. A compreensão dos mecanismos através dos quais as células neoplásicas adquirem fenótipos de resistência tem sido dificultada pela própria complexidade do cancro. No entanto, o avanço nas tecnologias modernas tem permitido melhorar o conhecimento a nível molecular das causas da resistência à quimioterapia. Sabe-se hoje que existem vários mecanismos de resistência, como por exemplo, a sobre-expressão da Pglicoproteína, mutações no alvo terapêutico, resistência à apoptose, ou a expressão de alguns microRNAs conforme descrito muito recentemente.
A identificação e posterior validação das moléculas e mecanismos envolvidos na resistência aos fármacos são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias racionais com vista a novas intervenções terapêuticas. Nesta apresentação serão abordados alguns progressos feitos neste âmbito, exemplificando com resultados obtidos em trabalhos do nosso grupo.
Prof. Doutora Isaura Sousa
Nacionalidade: Portuguesa
2001 – Especialista
1994 – Doutoramento pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto com a dissertação intitulada “Cooperação neutrófilo/macrófago na infecção por Toxoplasma gondii”
1976 – Licenciatura em Farmácia, pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
Dr.ª Joana Guimarães
Nacionalidade: Portuguesa
Formação Académica:
Licenciatura em Medicina, FMUP, 2000
Licenciatura em Ciências da Nutrição, FCNAUP, 2004
Cargos Actuais: Interna complementar de Neurologia (5º ano), Serviço de Neurologia, Hospital de S, João, E.P.E., Porto; Representante do Internato de Neurologia da Ordem dos Médicos; Assistente Convidada de Neurologia e Neurocirurgia, FMUP, Porto.
Resumo da Palestra
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória e desmielinizante crónica do sistema nervoso central de etiologia desconhecida, que se inicia geralmente entre os 20 e os 40 anos e é mais frequente no sexo feminino. De evolução predominante sob a forma de surtos (ou exacerbações) e remissões, o impacto da EM a nível pessoal, familiar e social é considerável, sendo a doença neurológica de causa não traumática mais incapacitante nos adultos jovens. Em Portugal, pais de média prevalência, estimam-se que existam cerca de 5000 indivíduos com EM. Até à década de 80 estes doentes eram assistidos nas consultas de Neurologia geral, mas o reconhecimento das particularidades da doença induziram a criação de consultas específicas de Doenças Desmielinizantes/EM, primeiro no Hospital de Santa Maria em Lisboa, logo seguido do Hospital de S. João (HSJ) no Porto, em 1986. Em 1991 um grupo de Neurologistas vocacionados formou o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla afiliado na Sociedade Portuguesa de Neurologia.
Progressivamente os Serviços de Neurologia de média dimensão individualizaram também consultas de DD/EM. De forma geral estas consultas integram Neurologistas, Enfermeiros com formação específica organizados em Associação própria, neuropsicólogos, Assistentes Sociais e contam com a colaboração de médicos de outras especialidades como Urologia, Psiquiatria, Medicina Física e Reabilitação. A consulta do HSJ, cuja organização será apresentada, presta assistência a cerca de 600 doentes por ano, 10% dos quais são novos casos, e é sede de ensaios clínicos e projectos de investigação. A actividade científica da consulta, que decorre em articulação com o Laboratório de LCR integrada na área temática de Neuroimunologia, tem sido divulgada em reuniões científicas e através de publicações em revistas indexadas; os resultados obtidos nos diferentes campos de investigação básica e clínica serão também referidos.
Em
No âmbito das estratégias terapêuticas, a EM tem sido alvo, nos últimos anos, de constante interesse pela comunidade científica em geral, abrangendo áreas diversas, não só da terapêutica sintomática, mas também da terapêutica modificadora da história natural da doença. Em relação à terapêutica sintomática farmacológica, existe investigação na procura de novos medicamentos que visam a melhoria de problemas decorrentes da doença, tais como fadiga, dor, queixas do foro urogenital ou sinais e sintomas afectivos, cujo alívio ou resolução tem um impacto considerável na qualidade de vida dos doentes. Nas fases de surto, corticoterapia endovenosa em altas doses e de curta duração é a terapêutica de eleição.
Mas a grande aposta tem sido a procura de fármacos modificadores da história natural da doença. São já várias as terapêuticas que demonstraram não só em investigação, mas também na experiência clínica, benefício evidente, nomeadamente na atenuação e diminuição da frequência de novos surtos. E as recomendações internacionais propõem o uso imediato em doentes com diagnóstico de EM de acordo com critérios de McDonald ou com doença activa progressiva (com surtos ou com lesões activas na RM). Actualmente estão aprovados três tipos de imunomoduladores como terapêutica de primeira linha: Interferon beta 1-b; Interferon beta1-a e Acetato de glatiramero. Recentemente foi aprovado um novo fármaco, o Natalizumab, que é um anticorpo monoclonal indicado nos doentes com formas surto-remissão graves. Em caso da falência terapêutica, poderá optar-se por imunossupressores (ex. mitoxantrone, azatioprina) ou por terapêuticas de associação (ex. com imunoglobulinas e.v.).
Prof. Doutor Jorge Gonçalves
Nacionalidade: Portuguesa
Pós-doutoramento na Universidade de Freiburg in Br. (Alemanha) no Instituto de Farmacologia e Toxicologia
1991 - Doutoramento em Farmacologia pela Universidade do Porto
1985 - Licenciatura
Prof. Doutor Jorge Oliveira
Nacionalidade: Portuguesa
2003-2006 Doutoramento em Farmacologia, FFUP, em colaboração com o Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra, Portugal, e o Buck Institute for Age Research, Califónia, EUA
1994-2000 Licenciatura
Oliveira JMA, Jekabsons MB, Chen S, Lin A, Rego AC, Gonçalves J, Ellerby LM, Nicholls DG (2007) Mitochondrial dysfunction in Huntington's disease: the bioenergetics of isolated and in situ mitochondria from transgenic mice. Journal of Neurochemistry 101:241-9.
Oliveira JMA, Chen S, Almeida S, Riley R, Gonçalves J, Oliveira CR, Hayden MR, Nicholls DG, Ellerby LM, Rego AC (2006) Mitochondrial-dependent Ca2+ handling in Huntington's disease striatal cells: effect of histone deacetylase inhibitors. The Journal of Neuroscience 26:11174-86.
Oliveira JMA and Gonçalves J (2008) Increased Ca2+ vulnerability of striatal versus cortical mitochondria in intact neurons and astrocytes. In Review.
A doença de Huntington (HD) é uma patologia neurodegenerativa fatal, manifestando-se de forma progressiva com perturbações motoras e psíquicas profundamente incapacitantes. Presentemente, não existe qualquer cura para esta doença hereditária que afecta cerca de 1 em cada 10.000 pessoas em todo o mundo. A HD transmite-se de forma autossómica dominante, estando invariavelmente associada a uma mutação correspondente a uma expansão de tripletos CAG que codificam uma sequência de poliglutaminas na proteína huntingtina. Esta mutação é altamente instável, ocorrendo frequentemente expansões que levam a fenómenos de antecipação, i.e, o surgimento de sintomas numa idade mais precoce nos descendentes dos indivíduos portadores, ou mesmo o surgimento de casos “de novo” em famílias nas quais não havia história clínica de HD. As funções fisiológicas da huntingtina permanecem por esclarecer, mas é relativamente consensual que a expansão de poliglutaminas lhe confere propriedades tóxicas. Curiosamente, a huntingtina mutante distribui-se de forma aproximadamente equitativa pelo cérebro e, no entanto, a patologia é surpreendentemente selectiva para os neurónios do núcleo estriado, cuja destruição explica em grande parte os sintomas motores da HD. Esta selectividade para neurónios estriatais, que chegam a sofrer perdas da ordem dos 90% nas fases mais avançadas da doença, sugere que os neurónios estriatais são particularmente vulneráveis aos mecanismos de toxicidade induzidos pela huntingtina mutante. Contudo, os neurónios estriatais são também particularmente vulneráveis a outros estímulos tóxicos, como a hipoxia, hipoglicémia, isquémia, e a administração sistémica de inibidores mitocondriais, sugerindo que a HD poderá estar a amplificar e não a gerar a vulnerabilidade dos neurónios estriatais. Dada a importância das mitocôndrias para a produção de energia neuronal, bem como a manutenção da homeostase do cálcio em resposta a estímulos tóxicos, é concebível que a vulnerabilidade dos neurónios estriatais possa, pelo menos em parte, resultar do facto de possuírem mitocôndrias mais vulneráveis. Por outro lado, sabemos hoje que as células gliais, nomeadamente os astrócitos, desempenham um papel fundamental na manutenção do bom funcionamento sináptico e na protecção neuronal. Assim a presença de vulnerabilidade mitocondrial nas células gliais do estriado poderá também contribuir para a maior susceptibilidade dos neurónios estriatais.
Prof. Doutor José Sousa Lobo
Nacionalidade: Portuguesa
1989 até actualmente - Especialista
1989 - Doutoramento em Farmácia na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
1973 - Licenciatura em Farmácia na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto
Prof.ª Doutora Madalena Pinto
Nacionalidade: Portuguesa
1971, B. Sc.(Pharm.), University of Porto, Porto, Portugal.
1976-1979, Research Fellowship of the Ministry of Foreign Affairs of
1983, Ph.D. (Organic Chemistry), Faculty of Pharmacy,
Breve introdução do "state of art" das doenças oncológicas, no que concerne à problemática associada a novos alvos terapêuticos e novas terapias. Apresentação dos palestrantes.
Prof.ª Doutora Maria José Sá
Nacionalidade: Portuguesa
Doutoramento em Medicina, FMUP, 1998
Licenciatura em Medicina, FMUP, 1976
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória e desmielinizante crónica do sistema nervoso central de etiologia desconhecida, que se inicia geralmente entre os 20 e os 40 anos e é mais frequente no sexo feminino. De evolução predominante sob a forma de surtos (ou exacerbações) e remissões, o impacto da EM a nível pessoal, familiar e social é considerável, sendo a doença neurológica de causa não traumática mais incapacitante nos adultos jovens. Em Portugal, pais de média prevalência, estimam-se que existam cerca de 5000 indivíduos com EM. Até à década de 80 estes doentes eram assistidos nas consultas de Neurologia geral, mas o reconhecimento das particularidades da doença induziram a criação de consultas específicas de Doenças Desmielinizantes/EM, primeiro no Hospital de Santa Maria em Lisboa, logo seguido do Hospital de S. João (HSJ) no Porto, em 1986. Em 1991 um grupo de Neurologistas vocacionados formou o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla afiliado na Sociedade Portuguesa de Neurologia.
Progressivamente os Serviços de Neurologia de média dimensão individualizaram também consultas de DD/EM. De forma geral estas consultas integram Neurologistas, Enfermeiros com formação específica organizados em Associação própria, neuropsicólogos, Assistentes Sociais e contam com a colaboração de médicos de outras especialidades como Urologia, Psiquiatria, Medicina Física e Reabilitação. A consulta do HSJ, cuja organização será apresentada, presta assistência a cerca de 600 doentes por ano, 10% dos quais são novos casos, e é sede de ensaios clínicos e projectos de investigação. A actividade científica da consulta, que decorre em articulação com o Laboratório de LCR integrada na área temática de Neuroimunologia, tem sido divulgada em reuniões científicas e através de publicações em revistas indexadas; os resultados obtidos nos diferentes campos de investigação básica e clínica serão também referidos.
Em
No âmbito das estratégias terapêuticas, a EM tem sido alvo, nos últimos anos, de constante interesse pela comunidade científica em geral, abrangendo áreas diversas, não só da terapêutica sintomática, mas também da terapêutica modificadora da história natural da doença. Em relação à terapêutica sintomática farmacológica, existe investigação na procura de novos medicamentos que visam a melhoria de problemas decorrentes da doença, tais como fadiga, dor, queixas do foro urogenital ou sinais e sintomas afectivos, cujo alívio ou resolução tem um impacto considerável na qualidade de vida dos doentes. Nas fases de surto, corticoterapia endovenosa em altas doses e de curta duração é a terapêutica de eleição.
Mas a grande aposta tem sido a procura de fármacos modificadores da história natural da doença. São já várias as terapêuticas que demonstraram não só em investigação, mas também na experiência clínica, benefício evidente, nomeadamente na atenuação e diminuição da frequência de novos surtos. E as recomendações internacionais propõem o uso imediato em doentes com diagnóstico de EM de acordo com critérios de McDonald ou com doença activa progressiva (com surtos ou com lesões activas na RM). Actualmente estão aprovados três tipos de imunomoduladores como terapêutica de primeira linha: Interferon beta 1-b; Interferon beta1-a e Acetato de glatiramero. Recentemente foi aprovado um novo fármaco, o Natalizumab, que é um anticorpo monoclonal indicado nos doentes com formas surto-remissão graves. Em caso da falência terapêutica, poderá optar-se por imunossupressores (ex. mitoxantrone, azatioprina) ou por terapêuticas de associação (ex. com imunoglobulinas e.v.).
Prof.ª Doutora Marina Prista Guerra
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciatura, Mestrado e Doutoramento em Psicologia
Guerra, M. P.; Pinto, A & Mariano, S.(2007). Evaluating Alexithymia in a Breast Cancer Population. Fourth International Conference on The (Non)Expression of Emotions in Health and DiseaseTilburg University - 22 to 24 October 2007, p. 164.
Samico, S.& Guerra, M. P.(2007)The expression of body image, sexuality and depression after gynaecological cancer treated with hysterectomy. Symposium Hispano_Luso de Medicina Conductual Y Psicologia de
Nesta comunicação procurar-se-á transmitir a diversidade de papéis desempenhados pelo psicólogo na doença oncológica.
Esta diversidade de papéis é fruto das diferentes intervenções psicológicas que podem ser realizadas, quer junto do doente como da sua família, em função do tipo de cancro e fase de diagnóstico, tratamento ou fase terminal. Cada uma destas circunstâncias exige uma intervenção particular, centrada em objectivos específicos que dominam as preocupações do doente em cada momento do seu percurso.
Talvez a primeira função da psicologia como actividade recente em Portugal em contextos de saúde seja adaptar-se a uma equipe multidisciplinar de actuação médica dirigida à cura e tratamento da doença. Neste contexto, o psicólogo deve promover uma comunicação eficaz, reconhecer o seu papel secundário e trabalhar em estrita colaboração com os outros profissionais de saúde. Quando nos referimos a papel secundário não significa que seja menos importante, mas que a função é apenas garantir uma melhor adaptação psicológica à situação de doença que envolve aceitar/compreender o diagnóstico, colaborar com os tratamentos (tendo implícita a adesão), numa perspectiva de autonomia do paciente, cujo direito de decisão último deve ser sempre dele. Assim, quando incluído numa equipe multidisciplinar, o psicólogo deve facilitar a comunicação entre todos os intervenientes, sabendo que o escasso tempo das consultas meramente médicas não permitem por vezes clarificar as dúvidas do paciente nem explorar os verdadeiros “medos” das circunstâncias que, muitas vezes, são exteriores à própria doença e mais centradas nos relacionamentos afectivos (e.g. preocupação com os filhos ou com o cônjuge).
O papel do psicólogo será, portanto, discutido tendo em conta as fases previsíveis da doença oncológica, diagnóstico, tratamentos, cura e medo de recidiva ou fase terminal. As preocupações do doente mais referidas na literatura e na prática psicológica em cada uma destas situações, bem como a respectiva intervenção, serão alvos da comunicação enquadrada no racional teórico que a privilegia.
Mestre Marta Correia
Nacionalidade: Portuguesa
1996/2001 – Degree in Nutrition and Food Science at O´Porto University (FCNAUP)
2003-2006 – Master Degree in Clinical Nutrition at Lisbon University (School of Medicine) under the supervision of Professor Marília Cravo and Professor Robert Grimble
2007-2010 – PhD student in Human Biology under the supervision of Professor José Carlos Machado (IPATIMUP) and Eliette Touati (Institut Pasteur)
Correia M, Cravo M, Marques-Vidal P, Grimble R, Dias-Pereira A, Faias S, Nobre-Leitão C. Serum concentrations of TNF-alpha as a surrogate marker for malnutrition and worse quality of life in patients with gastric cancer; Clinical Nutrition 2007; 26(6): 728-35
In their landmark study, Doll and Peto showed that 75% to 80% of all cancers diagnosed in the
Carcinogenesis is generally a slow process during which precancerous cells must accumulate several mutations in the genes involved in the growth control, resistance to apoptosis and induction of angiogenesis in order to grow and invade the host tissues. This process, which might take place over several years, offers a large therapeutic window for blocking the developing of cancer.
There is now considerable evidence that the chemo-preventive properties of nutrients and plant-based food are related to their ability to block the progression of latent micro-tumours. These properties arise from the high content of phytochemicals, antioxidants, vitamins and others, which are molecules that target several key events in the development of cancer. Intensive research conducted over the past few years has shown that these molecules derived from the diet interfere with tumour progression by acting directly on tumour cells as well as by modifying the tumour cells as well as by modifying the tumour’s microenvironment (stroma) and creating physiologic conditions that are hostile to tumour growth.
The inclusion of these molecules in pilot studies seems timely and appropriate, especially in the light of the recent awareness of a potential role of chemo-preventive agents as enhancers of the efficacy of established cancer therapy.
Prof. Doutor Nuno Borges
Nacionalidade: Portuguesa
1995 - Doutoramento
1989 - Licenciatura Ciências da Nutrição, Universidade do Porto
Borges N (2005) Tolcapone in Parkinson's disease: liver toxicity and clinical efficacy. Expert Opin Drug Saf 4(1):69-73
Santos A, Borges N, Cerejo A, Sarmento A, Azevedo I (2005) Catalase Activity and Thiobarbituric Acid Reactive Substances (TBARS) Production in a Rat Model of Diffuse Axonal Injury. Effect of Gadolinium and Amiloride. Neurochem Res 30(5):625-31
Será consensual afirmar-se que as múltiplas relações entre o que comemos e a nossa saúde estão hoje mais exploradas do que nunca. Este facto é-nos diariamente relembrado, seja pelo prodigioso número de publicações científicas dedicadas ao tema, seja pelo impacte que esse conhecimento tem nos meios de comunicação social.
O envelhecimento da população, com especial incidência nos países mais desenvolvidos, tem aumentado o interesse sobre o estudo das doenças neurodegenerativas, de se destacam a Doença de Parkinson (DP) e as demências, nomeadamente a Doença de Alzheimer (DA).
De entre essas relações entre saúde e alimentação, fazem então parte as que exploram associações entre a incidência de doenças neurodegenerativas e determinados tipos de padrão alimentar. Adicionalmente, e igualmente importante, vários trabalhos e estudos clínicos tentam melhorar a condição de indivíduos já afectados por estas doenças.
Sob o ponto de vista epidemiológico, têm sido encontradas associações muito interessantes. De entre elas, destaca-se a redução da incidência de DP e de DA em indivíduos com ingestão energética baixa. Foram igualmente descritas associações com o padrão alimentar Mediterrânico (protecção) e com a carência de ácido fólico (aumento do risco). Os compostos antioxidantes presentes na dieta assim como alguns tipos de ácidos gordos poliinsaturados parecem também ter um papel protector.
No que concerne ao tratamento dos doentes com DP ou DA, alguns aspectos dietéticos são também relevantes. Assim, na DP o teor proteico da dieta e até a sua distribuição ao longo do dia parecem afectar a eficácia do tratamento com a levodopa. Também na DP, as alterações do peso podem ser relevantes para a qualidade de vida destes doentes. Na DA, assume especial importância a capacidade de manter um bom estado nutricional dos doentes, mesmo em fases da doença nas quais a ingestão alimentar esteja já comprometida.
Chen H et al. Am J Epidemiol 2007;165:998–1006
Gao X et al. Am J Clin Nutr 2007;86:1486 –94.
Lorefält B. et al. Gerontology 2006;52:160–168
Matson MP. Ann Intern Med. 2003;139:441-444.
Mestre Paulo Marques
Nacionalidade: Portuguesa
Enfermeiro Especialista
Mestre em Ciências de Enfermagem
Doutorando em Enfermagem
Formação em Direito
Tempos houve em que a formação em enfermagem surgia inevitavelmente conectada ao diagnóstico médico; cuidados de enfermagem ao doente cardíaco, ao doente respiratório, ao doente oncológico, etc. O que, numa forma mais atenuada, ainda se verifica aqui e ali. O sentido apontava para que a doença determinasse a acção de enfermagem. Silva refere que «… quando reflectimos sobre os sistemas de cuidados de saúde: não é coerente a redução das prioridades políticas em saúde às actividades de diagnóstico e tratamento das doenças. Não é coerente com o conceito assumido (da OMS) e é, em certa medida, perigosa essa redução, pois então, quando esgotadas as soluções de cuidados de saúde centradas no diagnóstico e tratamento de doenças: nada mais haveria a fazer.» (2007: 15). Coloca-se então a questão de saber se há algo mais para além disso e é importante, e por outro lado, quem poderá assumir essa tarefa.
Releva ainda para esta problemática, a criação de uma linguagem internacional e classificada, de enfermagem (CIPE), que foi traduzida para português e adoptada pelo ex-IGIF na aplicação informática SAPE, actualmente a ser utilizada por um grande número de enfermeiros, de inúmeras instituições públicas de saúde.
Meleis & Trangenstein (1994) definiram Enfermagem como o processo facilitador das transições promotoras de sentimentos de bem-estar. Como central, surge o conceito de Transição. O enfermeiro interage com o ser humano numa situação de saúde/doença que é parte do contexto sócio-cultural e que vive, de alguma maneira, uma transição real ou por antecipação. Meleis (2005) afirma que as transições são despoletadas por uma mudança no estado de saúde, no papel no âmbito das relações, nas expectativas ou nas capacidades.
É por todas estas razões, impossível falar genericamente do que deve fazer um enfermeiro, nestes casos. Exemplifiquemos então, para tornar a mensagem mais inteligível. De novo Silva (2007) refere que «há hoje a noção de que muitos doentes crónicos (por ex. oncológicos), não conseguem incorporar no seu auto-cuidado as recomendações e os planos terapêuticos aconselhados pelos profissionais de saúde.». Quando esta atitude tem por base uma decisão informada, deverão ser abandonados pelo sistema prestador de cuidados com base na raciocínio que já se fez o que havia para fazer, e que agora o problema é dele? Questiona o mesmo autor.
SILVA, A. (2007) – “Enfermagem Avançada: Um Sentido para o Desenvolvimento da Profissão e da Disciplina”. Servir. 55: 1-2, p. 11 – 20.
Prof. Doutor Patrício Soares da Silva
Nacionalidade: Portuguesa
1975 – 1981 Licenciatura em Medicina, Faculdade de Medicina da Univ. do Porto
1984 – 1985 Felowship in Pharmacology, Department of Pharmacology, University of Glasgow (Supervisor, Professor John S. Gillespie)
1985 – 1988 Doutoramento: Peripheral sympathetic neurotransmission and the role of dopamine on the synthesis and release of norepinephrine. Institute of Pharmacology & Therapeutics, Faculty of Medicine, University of
Professor Catedrático e Director do Instituto de Farmacologia e Terapêutica, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Director do Departamento de Investigação e Desenvolvimento, BIAL
Retirado de Bonifácio MJ, Palma NP, Almeida L and Soares-da-Silva P (2007)
Catechol-O-methyltransferase and its inhibitors in Parkinson's disease
CNS Drug Reviews 13 (3): 352-379
Dr. Pedro Antunes
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciatura
Mestrando
A comunicação abordará:
- o conceito de ocupação e sua importância na demência;
- o papel do Terapeuta Ocupacional;
- as tecnologias de apoio;
- o companhamento de pessoas com doença de Alzheimer;
- informação e orientação de familiares de pessoas com doença de Alzheimer;
- estudos de ajudas técnicas.
Prof. Doutor Pedro Ferreira
Nacionalidade: Portuguesa
1991 - Agregação / Universidade do Porto
1981 e 1982 – períodos de 3 meses no Departamento de Biologia Molecular da Universidade Livre de Bruxelas como bolseiro da EMBO
1989 /90 – 12 meses no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Livre de Amsterdam como bolseiro BAP (EU)
1977 - Ph.D Biochemistry,
1974 - Licenciatura em Química / Ramo de Química Orgânica e Bioquímica, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa
Prof.ª Doutora Raquel Seruca
Nacionalidade: Portuguesa
Licenciada em Medicina
Doutoramento em Medicina
O cancro do estômago constitui uma das principais causas de morte por neoplasia maligna, apesar da sua incidência e mortalidade terem vindo a diminuir nas últimas décadas. Na altura do diagnóstico, a maior parte dos doentes apresenta um estadio avançado da doença neoplásica, com elevado risco de recidiva após tratamento cirúrgico.
É frequente a ocorrência de alterações da caderina-E ao longo da carcinogénese gástrica, nomeadamente no carcinoma de tipo difuso, tanto como acontecimento iniciador (50% dos casos) como acontecimento associado à progressão neoplásica (70% dos casos). Foi verificada a existência de complexos entre a caderina-E e receptores da família HER, nomeadamente o EGFR (Epidermal Growth Factor Receptor) localizado na membrana basolateral das células epiteliais polarizadas. Utilizando um modelo “in vitro”, o nosso grupo demonstrou recentemente que há uma regulação estreita da inter-acção da caderina-E e activação de receptores de tirosina cinase (RTK), tais como o EGFR e o receptor HER2. Pudemos demonstrar que alterações da caderina-E leva à estabilidade do hetero-dímero caderina-E/RTK, com activação de mediadores citoplasmáticos e aumento da motilidade das células neoplásicas.
Este efeito é revertido através da inibição farmacológica do EGFR. Neste simpósio iremos discutir novas abordagens terapêuticas neste tipo de neoplasias.
Doutor Rui Medeiros
Nacionalidade: Portuguesa
Agregação pelo ICBAS-UP
Doutorado Faculdade de Medicina do Porto
Mestre em Oncobiologia pela Faculdade de Medicina do Porto
Licenciado
A infecção por HPV (Papilomavirus Humano) é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns nos adolescentes e adultos jovens com prevalências que podem atingir os 50%. A infecção por HPV é frequente nos jovens sexualmente activos em particular nas idades entre os 16 até aos 25 anos de idade.
A compreensão dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento do cancro pode fornecer importante informação para a optimização da eficácia das estratégias de saúde pública nos planos oncológicos e a individualização dos tratamentos adequados a cada doente. O estudo de agentes infecciosos, como é o caso dos vírus, é uma importante área de investigação em oncologia com um elevado potencial na prevenção e rastreio da doença.
A utilização de vacinas na prevenção de doenças com origem em infecção viral está entre as mais bem sucedidas medidas globais de saúde pública. Assim a investigação nesta área tem sido potenciada uma vez que uma vacina contra o HPV evitará o cancro do colo do útero. Os ensaios clínicos com vacinas anti-HPV indicam uma eficácia quase total destas novas vacinas no que concerne à protecção contra a infecção por HPV e deste modo impedindo o desenvolvimento do cancro do colo do útero. As vacinas produzidas pela GlaxoSmithKline (GSK) e Sanofi Pasteur MSD/Merck estão confirmadas e encontram-se disponiveis no mercado. Todos os estudos sugerem que a utilização destas novas vacinas poderão causar uma redução de 70% ou mais no número de casos de cancro do colo do útero na União Europeia.
Sabino Vesce, PhD
Nacionalidade: Italian
PhD, Dept. of Pharmacology & Neurosciences,
-Vesce S, Rossi D, Brambilla L, Volterra A. Glutamate release from astrocytes in physiological conditions and in neurodegenerative disorders characterized by neuroinflammation. International Reviews in Neurobiology, 82 (2007): 57-71.
-Vesce S,
-Vesce S, Kirk L, Nicholls DG. Relationships between superoxide levels and delayed calcium deregulation in cultured cerebellar granule cells exposed continuously to glutamate. Journal of Neurochemistry, 90 (2004): 683-693.
Alzheimer’s disease (AD) is a neurodegenerative disorder characterized by the progressive loss of cognitive function. Biochemical hallmarks of AD are the formation of neurofibrillary tangles and amyloid-b (Ab) deposits that are accompanied by marked neuronal loss in the neocortex and hippocampus. Chronic inflammatory reaction involving glial cells (astrocytes and microglia) is well documented around Ab plaques, but it is unclear whether this event plays a causative role in AD. In the past few years, technical advancements in the field of fluorescence imaging have provided the opportunity to study glial and neuronal function in the brain of living mice. In the context of AD, such advancements translated into the discovery of important roles played by glial cells that may be relevant to the disease pathogenesis.
Dr.ª Sónia Cabral
Nacionalidade: Portuguesa
2002 - Curso de Formação Pedagógica de Formadores - 98 horas, pela Associação Nacional das Empresárias (ANE), certificado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEPP).
1987 - 1992 - Licenciatura em Ciências da Nutrição, pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Prof.ª Doutora Susana Casal
Nacionalidade: Portuguesa
2004 - Doutoramento em Nutrição e Química dos Alimentos, Fac. de Farmácia do Porto
1996 - Licenciatura