Prof.ª Doutora Marina Prista Guerra

Nacionalidade: Portuguesa

Formação Académica:
Licenciatura, Mestrado e Doutoramento em Psicologia

Cargos Actuais: Prof.ª Associada da Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação; Coordenadora do Serviço de Consultas em Psicologia da Saúde da Faculdade; Orientadora de vários doutoramentos e mestrados na área da Psicologia da Saúde (nomeadamente oncologia); membro do Conselho Científico da revista Psicologia, Saúde e doenças da Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde.

Trabalhos relacionados com a palestra:
Guerra, M. P.; Pinto, A & Mariano, S.(2007). Evaluating Alexithymia in a Breast Cancer Population. Fourth International Conference on The (Non)Expression of Emotions in Health and DiseaseTilburg University - 22 to 24 October 2007, p. 164.
Samico, S.& Guerra, M. P.(2007)The expression of body image, sexuality and depression after gynaecological cancer treated with hysterectomy.
Symposium Hispano_Luso de Medicina Conductual Y Psicologia de la Salud. Madrid 5, 6 and / July, p. 21

Resumo da Palestra
Nesta comunicação procurar-se-á transmitir a diversidade de papéis desempenhados pelo psicólogo na doença oncológica.
Esta diversidade de papéis é fruto das diferentes intervenções psicológicas que podem ser realizadas, quer junto do doente como da sua família, em função do tipo de cancro e fase de diagnóstico, tratamento ou fase terminal. Cada uma destas circunstâncias exige uma intervenção particular, centrada em objectivos específicos que dominam as preocupações do doente em cada momento do seu percurso.
Talvez a primeira função da psicologia como actividade recente em Portugal em contextos de saúde seja adaptar-se a uma equipe multidisciplinar de actuação médica dirigida à cura e tratamento da doença. Neste contexto, o psicólogo deve promover uma comunicação eficaz, reconhecer o seu papel secundário e trabalhar em estrita colaboração com os outros profissionais de saúde. Quando nos referimos a papel secundário não significa que seja menos importante, mas que a função é apenas garantir uma melhor adaptação psicológica à situação de doença que envolve aceitar/compreender o diagnóstico, colaborar com os tratamentos (tendo implícita a adesão), numa perspectiva de autonomia do paciente, cujo direito de decisão último deve ser sempre dele. Assim, quando incluído numa equipe multidisciplinar, o psicólogo deve facilitar a comunicação entre todos os intervenientes, sabendo que o escasso tempo das consultas meramente médicas não permitem por vezes clarificar as dúvidas do paciente nem explorar os verdadeiros “medos” das circunstâncias que, muitas vezes, são exteriores à própria doença e mais centradas nos relacionamentos afectivos (e.g. preocupação com os filhos ou com o cônjuge).
O papel do psicólogo será, portanto, discutido tendo em conta as fases previsíveis da doença oncológica, diagnóstico, tratamentos, cura e medo de recidiva ou fase terminal. As preocupações do doente mais referidas na literatura e na prática psicológica em cada uma destas situações, bem como a respectiva intervenção, serão alvos da comunicação enquadrada no racional teórico que a privilegia.